segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Os Amigos

Os amigos são assim: abertos e disponíveis. São como os rios, navegáveis.
Há dias, na vida, em que os minutos têm anos. Quando chegamos à noite, sentimos ter mais um século sobre os anos que já vivemos.
E é aí que vêm os amigos, de mansinho, e com uma palavra ou um gesto ou um poema nos ajudam de novo a recuperar a verticalidade.
Vem isto a propósito do comentário que uma AMIGA deixou no meu primeiro Post.
Obrigada, Beatriz!

1 comentário:

Unknown disse...

Lurdes,
Esta tarde estive a aproximar-me de Herberto Helder e conclui que a vida deve ser vista e/ou vivida de uma forma surrealista, pois, por vezes,teima em se tornar "escura"
Há que torná-la luminosa e pura e por isso recorrer " ao espírito do ar",como o faz o poeta que tanto se distancia dos media e vive num dos lugares mais recônditos da sua/minha terra natal.

"Espírito do ar, vem,
vem depressa.
O invocador te chama.

Vem, e purifica esta terra.
Espírito do ar, vem,
vem depressa.

Levanto-me:
é no meio dos espíritos que eu me
levanto.
Os invocadores me protegem,
conduzem-me por entre os espíritos.

Criança,criança,grande criança,
levanta-te e vem,
grande criança, pequena criança,
aparece entre nós."

bjs Beatriz